Para ela, a vida corre simples e prazenteira. Por vezes, admiro como o burburinho mental das preocupações costuma voar a léguas de sua mente. E, uma vez que o vento percorra livre os seus verdes prados, como que passando a mão para lá e para cá nos pelos da terra, vem dessa forma os elementos a lhe servir:
O que para as outras seria um exercício de horas para domar, para ela é a brisa que sopra e define no lugar.
Enquanto elas escaldam o próprio couro para que sua cor melhor lhes apeteça, para ela é o sol que faz o favor de lhe beijar.
Enquanto elas regram a duras penas suas almas por promessas e imprecações sem fim, para ela é a natural e bela forma que Deus lhe deu.
Enquanto se elaboram mesas, penduram coisas, e se fazem mil arranjos diferentes, para ela é o simples que lhe apetece.
Sem enfeites nem apetrechos, com tal contentamento que poderia parecer até um tipo de austeridade um tanto singular.
E no entanto, ela é assim. Assim ela é feliz. E assim ela me faz feliz.