Crianças

Desenhar-me-ei p’ra ti
Se quem sou desejas compreender.
Nos moldes de Chopin e Debussy
Meus ouvidos querem deleitar-se

Em deleitáveis notas copiosas
Que fazem minh’alma sublimar-se
Levando-me a plagas verdejantes
Onde irei decerto encontrar-te

E em meus morfemas, quer meus quer
De Castro Alves seus poemas
Quando a voz de Jeová
Neles deixa ecoar

Faremos de um velho livro
Cujas páginas fazem brotar
Amarelas folhas revoar
Lançando a base do ensejo

E o reluzir intenso dos metais
Quais crianças por escadas a subir
– Farei-te interpelá-las?
Ou direi-te p’ra segui-las?

E renove-se o espectro daquele
Que olha em espelhos sem que veja
O mergulho adentro à casca de corais

Se me vês, vês quem foi
Que era, e ainda é
E rodopiando pois
Deixa incauto cair
De sua cadeira de balanço
Em meio a folhas espalhadas pelo chão…

Leia o próximo poema
Até quando, PaiCom tal soberba e arrogânciaO inimigo continuará a…