Aplausos celestes

Como o fio de uma espada a brandir
Raios vêm a nuvens transpassar
Navalhando os céus bem de alto a baixo
Observam gentil o bem-te-vi cantarolar

Canta a fazer-se ouvir na rua inteira
Canta estufando o peito saliente
Canta com a voz mais prazenteira
Canta e faz-se ouvir a toda a gente

Gente que não para p’ra escutar
Que olha sem ver nem apreciar
Que não tem ouvidos para ouvir
Nem olhos para enxergar

Mas conquanto o dia lhe permita
Ainda há luz que o mova a apregoar
Pois sabe que certamente os céus
Estão intensos a lhe aplaudir!

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Rodopiam,Seguem arfantesMoribundas massas humanasEm suas múltiplas direções. Clamam: "Glória!"Em suas…